Não tem jeito. No universo feminino do futebol, tem coisas que a gente só aprende depois de velha e depois de muitas conversas com amigos boleiros. E aprender a respeitar o Deus da Bola foi uma das coisas que eu aprendi só esse ano.
Imagine o Maracanã lotado. Final da Libertadores. 2o tempo da prorrogação, faltando 2 minutos para acabar. 0 X 0. Seu time na fila há 20 anos. Eis que um infeliz ao seu lado, saca o celular do bolso e liga para o amigo perguntando o nome do bar onde será a comemoração do título. Pronto. Acordaram o Deus da Bola. Daí amigo, é ladeira abaixo. Acabou-se o título do seu time e a comemoração no bar.
O Deus da Bola é assim. Ele merece atenção e respeito. Não estou falando aqui daquele papo de contar com o ovo antes da galinha, jogar de salto alto, essas coisas. Não é isso. Estamos diante de uma divindade futebolística. Se respeitado, ele estará do seu lado. Caso contrário, o cajado aparece com a fúria que só o Deus da Bola tem.
Porque não adianta gritar gooool quando a bola ainda não passou a linha. Se você gritar, o Deus da Bola bate o cajado no chão e um zagueiro aparece milagrosamente ao lado do goleiro e tira a bola do gol com o dedo mindinho da mão esquerda. E o juiz não vê.
Eu imagino o Deus da Bola assim.
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