sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Os juros

Dia desses na praia, minha irmã (nascida praticamente em Beverly Hills) pega o carro do meu irmão (praticamente o Jeca Tatu, ovolactovegetariano que pratica ioga e danças da terra) para ir ao supermercado. Ni qui ela liga o som, começa a tocar a música abaixo (a primeira). Daí pra frente, nossa vida na praia mudou e pode ser dividida em 2 momentos: antes e depois do Bahiano e os Novos Caetanos.

Trata-se de um "trio" composto por Chico Anysio, Arnaud Rodrigues e Renato Piau. Segundo o wikipedia, o trio foi formado nos idos dos anos 70 para satirizar o Tropicalismo. Pouco importa. Sei o que ficou confirmado: Chico Anysio é um grande mestre. E Vô Batê pá Tu e Urubu tá com Raiva do Boi estão no TOP 10 Melhores Músicas Brasileiras de Todos os Tempos. E eu pagaria mil reais pelo vinil desses caras.

Para vocês.



* Preste atenção nessa estrofe.
O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações



* A fala do começo. Quando ele fala "os juros", eu quero morrer.
O medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição Os juros, o fim... nada de novo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Idiotices

1 - E a idiota aqui achando que o show da Orquestra Imperial com a Jane Birkin em homenagem ao Serge Gainsbourg era só na semana que vem e ainda tinha ingresso. O show é quinta e os ingressos esgotaram em 2 horas.

2 - Mais idiota ainda, si perdi a si mesma em tanto trabalho e esqueci do Beirut, que também esgotaram os ingressos. Se alguém tiver sobrando, fineza avisar.

Je vais et je viens

Peguei um cd de mp3 que tinham umas coisas aleatórias para ouvir enquanto eu trabalhava hoje. Salada russa total, mas que ficou divertida no final do dia.

CD 1 - Almanaque, do Chico

Almanaque parece um livro com mini histórias. Cada música é uma historinha e você consegue até visualizar os personagens.

Tem a bailarina e o funcionário, tem o guri, tem a menina que vai ver no almanaque para onde vai o amor depois que o amor acaba, tem a menina vesga que de tanto ser amada fica linda e tem o tipo de amor que é de mendigar cafuné. (Amor que mendiga cafuné é demais).

CD 2 – Parklife, do Blur

Dou a dançadinha básica com Boys and Girls, fico sempre alegrinha com End of a century. Não sei explicar porque, mas aquele comecinho de Bad Head faz eu me sentir meio em férias, dirigindo na estrada. Fora AAAAlll the peooople, so maanny peeeople. Adoro. E a cerejinha do cd, To the end, You and I collapsed in love, com aquele francês de fundo.

CD 3 – Tangos variados de Carlos Gardel (para bailar)

Quem é tradicionalista meeesmo, só ouve Carlos Gardel e odeia Piazolla, me disse um dia um hermano argentino. Eu não sou nada. Adoro os dois. Gosto mais de Volver e El dia que me quieras do que de Por una cabeza, apesar do Al Pacino. Mas confesso que não posso ouvir mais de 10 tangos seguidos sob pena de ficar meio (mais) xarope. Mas que dá vontade bailar, ah, isso dá.

CD 4 – Cartola, sambinhas

Acho que decidir qual é a melhor música do Cartola é uma missão impossível. Bom, as que eu coloquei para ouvir de novo antes de partir pro CD 4: Amor proibido (por aquela caidinha de tom quando ele fala “fácil demaaais"); Acontece (se eu ainda pudesse fingir que te amo), Tive Sim e Alvorada (ai, dá uma vontade de morar no morro).

Fora que com esse sol e calor, ouvir Cartola demanda um copinho americano cheio de cerveja e uma caixinha de fósforo pra ficar batucando e acompanhando a música.

CD5 – Trilha sonora de Donnie Darko

Anos 80 na veia. Tears for fears, INXS, Oingo Boingo, Joy Division, Echo and The Bunnymen, Duran Duran. Aff. Love will tear us apart.

CD 6 – Arabesque, da Jane Birkin

Não sei, esse cd não me convence muito não. Ainda mais em época de novela das 8 com tema indiano. Mas no final, tinha um bônus de Je t´aime moi non plus dela com o Serge (bela exposição no SESC Paulista, vale lembrar). Uau. Ouvi 3 vezes no repeat. Mas voltei pro Cartola. Melhor batucar na mesa do que ficar suspirando de amor em plena firma.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Anticristo

Sábado eu vi Anticristo. O filme novo do nosso amigo doidão dinamarquês Lars Von Trier.

Minha vida com Lars começou tarde, com Dogville. Lembro direitinho que eu vi no Cinesesc e sai passada do cinema. Achei aquela experiência teatrocinematográfica uma coisa de louco.

Daí que eu vi Dançando no Escuro na seqüência e achei a maior chatice da história - talvez porque eu não suporto da Bjork - e vi Manderlay que eu gostei, mas não me tocou muito não.

Eis que eu me deparei com Dear Wendy – certamente um dos filmes que eu mais amo na vida. Foi escrito por ele e dirigido pelo Thomas Winterberg – o cara de It´s all about Love - que eu amo também. A duplinha deles é imbatível. Juntou a estética meio cartesiana do Lars com a pegada romântica/esquisita do Winterberg e virou uma obra de arte mesmo. Nem quero falar aqui sobre o Dear Wendy porque realmente é um filme obrigatório, daqueles que é legal ver sem nem imaginar sobre o que se trata.

E nessa história toda, fiquei maior ansiosa quando vi que ele tava lançando um filme novo, de terror e bla bla. E rolou toda aquela polêmica em Cannes, que teve gente que vaiou e ele saiu falando que ele era o melhor diretor do mundo, que o filme foi uma obra de Deus e ele não teve escolha. E sabendo que eu tinha que assistir, já tinha começado um processo de controlar meu medo de filme de terror e encarar o negócio.

Sábado rolou de assistir. Para piorar a minha situação, estava ventando muito e no meu apartamento o vento fica uivando muito alto (vento uiva?!) e junto com o filme parecia que tudo era uma coisa só. Frio na barriga master.

O começo do filme com aquela música clássica do Händel e as cenas em câmera lenta é realmente muito lindo. Depois vêm os capítulos e a coisa vai ficando cada vez pior, com todas aquelas cenas horrorosas que todo mundo já leu. É total uma egotrip dele, sem dúvida. E nem quero ficar aqui discutindo se é apelativo, se é uma fraude, se é de terror ou se não é. Mas assim, uma vez eu li não sei aonde que o melhor cinema é aquele que sempre arruma um jeito de trazer as coisas mais profundas para a superfície, o território das evidências, mas também o do acontecer. E me parece que no caso do Lars Von Trier é exatamente ao contrário. E talvez por isso, seja tão genial.

Algunas noches


quarta-feira, 22 de julho de 2009

I was waiting to be struck by lightning

Camera Obscura, Paris, beijo na boca, love i couldn't hold it. 

Acho que eu gosto mais disso do que de futebol. 



quinta-feira, 16 de julho de 2009

Funheaven

Funheaven, nesse sábado. Mais infos aqui.